Rinoplastia
A Rinoplastia é uma das mais desafiadoras cirurgias estéticas da face, em que devemos combinar a correção das alterações funcionais com o senso de beleza e harmonia e os desejos do paciente.
A Rinoplastia é a cirurgia que modifica a estética e, também, a funcionalidade do nariz. Pode ser denominada de Rinosseptoplastia por ser realizada em conjunto com a cirurgia do septo nasal com ou sem desvio, uma vez que as estruturas do septo nasal, como as cartilagens e porções ósseas, são utilizadas como enxertos para a estruturação do novo nariz.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2019
A figura acima representa as principais estruturas anatômicas do nariz e que são modificadas durante a Rinoplastia. O nariz é composto por porções ósseas e cartilaginosas, que formam a pirâmide e a ponta nasal.
Através de enxertos, reduções, suturas e técnicas de estruturação e remodelação é possível modificar as estruturas nasais para melhora da sua forma e função.
Nas últimas décadas, muitos avanços aconteceram nas técnicas cirúrgicas. Atualmente, os temidos estigmas de cirurgias plásticas nasais não são mais realidade e os resultados estão cada vez mais naturais.
Como Otorrinolaringologista e especialista em Rinoplastia, meu principal propósito é conciliar uma respiração saudável com um nariz bonito e em harmonia com a face. Busco por conhecimento e atualizações constantes para trazer aos meus pacientes resultados satisfatórios.
Cada paciente é único e exige técnicas específicas para alcançar o seu nariz ideal, por isso é importante procurar um profissional capacitado para atender essas necessidades.
A Rinoplastia ultrassônica é um novo conceito de técnica cirúrgica utilizando um equipamento especial para a realização de fraturas ósseas ou osteotomias e remodelamento do dorso nasal.
Com essa técnica é possível realizar a Rinoplastia com maior precisão e menor trauma, reduzindo irregularidades, menos edema e hematomas, além de mais naturalidade para os resultados.
Esse vídeo é disponibilizado pelo fabricante do aparelho e demonstra como são feitas as osteotomias durante a Rinoplastia.
Sempre busco por inovações e melhora dos resultados e a Rinoplastia ultrassônica já faz parte da minha prática.
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Alguns estudos sugerem que a idade mínima para realização da Rinoplastia é de 16 a 17 anos, pois as estruturas ósseas da face já estão quase completamente formadas nesta idade e a forma do esqueleto ósseo da face não se altera muito após essa idade.
No entanto, em diversos casos pode ser justificado realizar a cirurgia mais cedo a depender do prejuízo funcional e/ou estético do paciente, sendo possível a necessidade de outras cirurgias no decorrer do crescimento.
A Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face descreve alguns questionamentos para identificar quando um paciente é candidato a Rinoplastia:
Você tem pensado em melhorar a aparência do seu nariz?
Algum trauma, fratura ou infecção mudou a forma do seu nariz há mais de 12 meses?
Um defeito congênito como fissura labial foi corrigido quando jovem?
Os efeitos do envelhecimento mudaram a forma do seu nariz?
Você pode sentir que a ponta do nariz está pendurada e caída?
A respiração pelo nariz é obstruída, você tem desvio de septo e o tratamento médico com sprays nasais não fornece alívio duradouro?
Existe melhora da obstrução da via aérea nasal empurrando a ponta nasal para cima ou puxando os tecidos da bochecha para o lado?
Se você respondeu “sim” para qualquer uma dessas perguntas, você é um potencial candidato à Rinoplastia.
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As principais alterações estéticas que os pacientes candidatos a Rinoplastia são:
Giba nasal ou dorso nasal grande
Dorso nasal largo
Laterorrinia (nariz torto)
Nariz grande
Asa nasal grande ou alargada
Ponta nasal caída
Ponta nasal globosa e sem definição
Assimetrias de narinas
Além disso, existem alterações funcionais que é possível corrigir somente através da Rinoplastia:
- Insuficiência de válvula nasal interna ou externa
A válvula nasal, com seus componentes interno e externo, tem sido descrita anatomicamente como a área de secção transversal com maior resistência ao fluxo respiratório-inspiratório, de todo o sistema respiratório superior e inferior.
Representação da válvula nasal interna e externa; CLS: cartilagem lateral superior
A insuficiência da válvula nasal ocorre quando existe algum tipo de colabamento nessa região, desvio do septo ou até mesmo hipertrofia dos cornetos nasais. Pode ocorrer de modo bilateral ou unilateral e pode desencadear diferentes graus de obstrução.
É fundamental, portanto, a prevenção e o tratamento do comprometimento dessa região durante a realização da rinoplastia.
Exemplo de insuficiência de válvula nasal externa bilateral, com total colabamento das narinas.
- Queda ou ptose de ponta nasal
A ponta caída pode ocorrer tanto no repouso ou quando o paciente sorri. Essa alteração, além da questão estética, também pode causar obstrução nasal, principalmente em pacientes mais idosos.
Sabemos que com o avanço da idade a ponta nasal tem a tendência de perder a rotação e cair por várias motivos, como a ação gravitacional e a flacidez. Com a Rinoplastia, essa queda da ponta é corrigida e permite uma sustentação reforçada para evitar as consequências do envelhecimento.
Exemplos de narizes com ponta nasal caída, o segundo com evidência na ptose/queda de ponta com o sorriso.
- Desvios de septo caudal ou desvios de septo complexos.
Desvios de septo caudal são aqueles que percebemos apenas analisando a base do nariz. Geralmente, causam obstrução nasal severa e o tratamento é cirúrgico.
Existem desvios de septo considerados complexos quando tem associação de tortuosidades de dorso nasal e de porções altas, que em técnicas básicas de cirurgias de desvio de septo (ou septoplastia) não são corrigidas adequadamente, sendo indicado a realização de Rinosseptoplastia.
Desvio de septo caudal obstrutivo à esquerda
A naturalidade e a funcionalidade são fundamentais para um resultado satisfatório na Rinoplastia. É necessário uma avaliação individualizada, pois cada caso exige técnicas diferentes. Além disso, analisar a proporcionalidade estética da face é fundamental para o planejamento da cirurgia em busca de um nariz mais harmônico e único.
O planejamento pré-operatório envolve a avaliação clínica e estética facial. São analisados os aspectos funcionais, os principais sintomas e as insatisfações com o nariz. São realizados de rotina exames complementares como a Nasofibrolaringoscopia e a Tomografia Computadorizada de Seios da Face que vão auxiliar na definição das técnicas mais adequadas para cada caso.
Além disso, a fotografia faz parte do exame médico e é fundamental no planejamento da Rinoplastia. As fotografias são realizadas tanto antes do procedimento quanto no acompanhamento do pós-operatório.
Nos últimos anos, a evolução da tecnologia tridimensional (3D) trouxe benefícios para a área médica e nas cirurgias faciais não foi diferente. Hoje, existem inúmeros equipamentos e softwares dedicados à produção de malhas faciais 3D para realização de simulação cirúrgica. Sabemos que a simulação não é uma garantia de resultados, mas é uma ferramenta de grande valor que permite o alinhamento das expectativas do paciente e do cirurgião.
Cada caso é único e as simulações são demonstradas ao paciente para o planejamento das estratégias cirúrgicas que vão resultar em um nariz mais harmônico e com aspecto natural.
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Acredito que os avanços científicos e tecnológicos devem fazer parte da nossa rotina e estudar esses temas sempre foram prioridade na minha carreira. Meu tema de dissertação de Mestrado foi voltada para o uso de tecnologia 3D para o planejamento cirúrgico da Rinoplastia com a ferramenta RhinOnBlender criada por Cicero Moraes e colaboradores.
Nas minhas avaliações utilizo tecnologia 3D de softwares específicos em que realizo a fotogrametria para produção de uma malha 3D da face de cada paciente.
A Rinoplastia tridimensional (3D) é uma forma de programar e mostrar ao paciente o que é possível realizar com a cirurgia e o impacto das mudanças na sua face.
Além disso, podemos criar guias cirúrgicas para a execução mais precisa das técnicas e para reprodução daquilo que foi planejado juntamente com o paciente.
Cada caso é único e as simulações são demonstradas ao paciente para o planejamento das estratégias cirúrgicas que vão resultar em um nariz mais harmônico e com aspecto natural.
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O que esperar em cada etapa até a sua Rinoplastia?
- Consultas
Primeiramente, você precisa agendar uma consulta para entrevista e exame clínico. Serão analisadas as queixas estéticas e funcionais do nariz, além da realização de exames otorrinolaringológicos como a nasofibrolaringoscopia. Habitualmente, é solicitado uma Tomografia Computadorizada de Seios da Face para melhor análise anatômica e diagnóstico das doenças nasossinusais.
Serão realizadas fotografias de diferentes posições da face e do nariz para realização da análise estética da face individualizada, além disso, a captura de imagens para a reconstrução 3D da face por fotogrametria para posterior simulação cirúrgica.
Iremos alinhar as expectativas, discutir seus desejos e analisar em detalhes quais mudanças na forma externa do nariz são realistas e como elas são alcançadas, mantendo a harmonia facial e a naturalidade.
A simulação será uma ferramenta de apoio para a visualização das possíveis modificações no nariz, sendo válido lembrar que as imagens simuladas nunca poderão predizer perfeitamente o resultado final da sua rinoplastia.
Exames pré-operatórios como laboratoriais, eletrocardiograma e Raio X de tórax podem ser solicitados, a depender das suas características clínicas e comorbidades.
Acredito que as consultas pré-operatórias são essenciais para podermos nos conhecer e criar um ambiente de confiança e clareza. Todas as dúvidas devem ser esclarecidas antes do procedimento, por isso, recomendo várias consultas, quantas forem necessárias para você se sentir seguro(a) para a próxima etapa.
2. Pré-operatório
Orientações conforme a Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial
- Jejum de 8 horas para sólidos e líquidos, inclusive água. Neste período não comer nada nem tomar água, mascar chicletes ou balas. O jejum serve para evitar que o paciente tenha conteúdo dentro do estômago e durante a anestesia este conteúdo vá para o pulmão, causando pneumonia química.
- Não tomar AAS, Aspirina, Ácido Salicílico, anti-inflamatórios (ibruprofeno, nimesulida, cetoprofeno) ou quaisquer medicamentos contendo estes componentes. Engov e outros medicamentos contendo estas substâncias não devem ser consumidos nos 10 dias anteriores ao procedimento. Tais medicamentos são antiagregantes plaquetários e causam sangramento.
- Não ingerir álcool nos 4 dias anteriores ao procedimento.
- Retirar brincos, piercings, anéis, cílios de alongamento e qualquer outro objeto metálico do corpo. Durante a cirurgia é utilizado eletrocautério e objetos metálicos podem conduzir eletricidade e causar queimaduras. Aparelhos dentários fixos não precisam ser retirados.
- Levar todos os exames para o hospital, incluindo exames de sangue, tomografia, avaliações pré-operatórias ou qualquer exame complementar que foi realizado.
- Chegar com 1 hora e meia de antecedência para realizar a internação, ser conduzido ao bloco cirúrgico, trocar de roupa e receber orientações e medicações pré-operatórias.
- Adquirir os medicamentos que serão utilizados no pós-operatório.
3. Pós-operatório
Você normalmente pode se levantar e andar pela noite da cirurgia ou na manhã seguinte, inicialmente com assistência.
Você terá uma tala no seu nariz, que não deve ser molhada e retirada somente na consulta de retorno.
Durante a primeira semana após a cirurgia, a respiração pelo nariz pode ser difícil ou impossível. Você deve estar preparado para inchaço moderado e algumas contusões na pele. O grau de inchaço difere de paciente para paciente.
Uma máscara fria ou gelo pode ser colocada sobre os olhos e acima da tala para diminuir o inchaço e os hematomas. De um modo geral, a maior parte do inchaço e contusões irá diminuir em 7-14 dias, embora algum inchaço possa persistir por até 2 meses.
Você deve esperar para ver a aparência final do seu nariz no final de 1 ano, por isso a importância do acompanhamento em consultas de rotina até 12 meses de pós-operatório.
O resultado final de uma Rinoplastia é obtido após 1 ano da realização do procedimento, devido ao processo de cicatrização. A forma final do nariz depende de vários fatores, inclusive das características individuais do paciente, cuidados no pós-operatório, ocorrência de complicações e assimetrias faciais prévias.
Caso houver alguma irregularidade ou assimetrias indesejadas após 12 meses, é possível a realização de reparos. O envelhecimento também envolve o nariz e algumas alterações a longo prazo podem ser observadas à medida que você envelhece. Os procedimentos secundários podem ser menores, alguns podem ser realizados sob anestesia local e/ou como procedimento ambulatorial.
É importante lembrar que a necessidade de um procedimento secundário não significa má qualidade da cirurgia inicial. Mesmo nas mãos mais experientes, as taxas de procedimentos secundários de 5% são esperadas, conforme estudos prévios.
Os procedimentos secundários ou de retoque são normalmente realizados um ano ou depois da cirurgia inicial.
As complicações são pouco frequentes, mas devem ser lembradas. Nenhum procedimento cirúrgico é isento de possíveis complicações, porém são realizados todos os protocolos e cuidados para minimizar esses riscos.
Sangramento >> Pode ocorrer após a cirurgia e durar até 4 semanas. A maioria dos sangramentos é auto-limitada, mas se o nariz está sangrando de forma incontrolável, é necessário avaliação imediata.
Cicatrizes hipertróficas >> Na técnica aberta, você terá uma pequena cicatriz que geralmente não é visível entre as narinas, na região que chamamos de columela. Não é comum a formação de cicatrizes hipertróficas ou queloides no nariz. Raramente esta cicatriz pode não cicatrizar adequadamente e ficar perceptível a ponto de requerer revisão cirúrgica.
Infecção, abscesso ou hematoma septal >> O risco de infecção é muito baixo após a rinoplastia, mas pode ocorrer. Os hematomas e abscessos septais podem ocorrer em qualquer cirurgia que envolva o septo nasal, felizmente, são incomuns. Se ocorrer aumento de inchaço, vermelhidão, piora importante da obstrução nasal ou febre após a cirurgia, você deve avisar e realizar uma avaliação precocemente.
Perfuração septal >> É rara e na maioria das vezes não causa problemas. Mas podem provocar sintomas como ruído ao respirar ou sangramentos de repetição, sendo necessário reparo através de nova cirurgia.
Dormência do nariz >> Uma certa quantidade de dormência no nariz é esperada após a cirurgia e é quase sempre temporária e geralmente desaparece após 6-12 meses.
Descoloração >> Após a cirurgia, pode haver hematomas ao redor dos olhos e, ocasionalmente, no nariz. Esta contusão geralmente desaparece após 2-4 semanas. Muito raramente a cor da pele do nariz pode ficar mais escura ou mais vermelha, o que pode persistir até um ano.
Riscos anestésicos e pós-operatórios >> Caso histórico familiar de problemas em procedimentos anestésicos é necessário avaliação prévia com médico anestesista. Qualquer procedimento cirúrgico tem o potencial risco de infecções, trombose venosa profunda, retenção urinária e constipação, dificuldade de cicatrização e abertura de pontos. No entanto, nesse tipo de procedimento é raro ocorrer e são distúrbios que têm bom prognóstico quando identificados e tratados precocemente.